quarta-feira, 20 de abril de 2011

Netinho de Paula é confirmado pré-candidato a prefeito de SP


São Paulo – O vereador Netinho de Paula (PCdoB) foi confirmado pelo Comitê Municipal do partido na capital paulista como pré-candidato à prefeitura da cidade em 2012. Durante o encontro, realizado na segunda-feira (18), o partido também decidiu que lançará uma chapa própria com 83 nomes para a disputa da Câmara Municipal.

Netinho de Paula ganhou projeção como cantor e iniciou sua trajetória política em 2008, quando elegeu-se vereador com 84,5 mil votos. No ano passado concorreu ao Senado, sendo o terceiro mais votado, com 7,7 milhões de votos no Estado, dos quais 2 milhões vieram da capital paulista.

Ao anunciar, mais de um ano antes da eleição, o nome de Netinho para a sucessão de Gilberto Kassab (ex-DEM, rumo ao PSD), o PCdoB é o primeiro a confirmar um nome para a corrida eleitoral. Outros partidos, como PSDB e PT, ainda não têm definição sobre pré-candidatos.

Em 2008, a legenda saiu coligada com PT, PSB e PRB na disputa pelo Legislativo municipal. Atualmente, há dois vereadores – além de Netinho, Jamil Murad foi eleito. No pleito anterior, os comunistas tentaram a sorte sozinhos, elegendo apenas o ex-jogador de futebol Ademir da Guia, que, meses depois, deixaria o partido rumo ao PL, após denúncias de corrupção.

Corregedoria

Netinho enfrenta uma investigação interna pela Corregedoria da Câmara de Vereadores sobre as contas de seu gabinete. Como o Ministério Público também investiga o assunto, o relator do processo, vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR) pediu no dia 31 de março a paralisação das investigações até que o órgão se manifeste sobre as contas. Segundo o vereador, a investigação do MP está bastante avançada.

Entre as contas sob investigação estão aluguéis de equipamentos como máquina copiadora, notebook, frigobar, filmadora e máquina fotográfica por valores que estariam acima dos praticados pelo mercado.

Sete dos 13 vereadores do PSDB-SP deixam legenda

  Rodrigo Capote/FolhaOs tucanos do PSDB da cidade de São Paulo protagonizaram nesta segunda (18) uma revoada.
Nada menos que sete dos 13 vereadores tucanos anunciaram a decisão de se desfiliar da legenda.
Alegam ter sido alijados dos cargos de direção no diretório municipal da agremiação. Meia-verdade.
Os inserretos batem asas num instante em que o governador tucano Geraldo Alckmin se dispunha a entregar-lhes três posições.
Ainda que a contragosto Alckmin ofereceu aos vereadores os postos de secretario-geral, segundo vice-presidente e tesoureiro-adjunto.
A despeito da oferta, os descontentes debandaram. Não disseram, mas espera-se que se aninhem no PSD, o novo partido do prefeito Gilberto Kassab.
O grupo dissidente achegou-se a Kassab na eleição municipal de 2008. Apoiou a candidatura reeleitoral dele, contra o então candidato Geraldo Alckmin.
Decorridos dois anos, Alckmin voltou ao governo do Estado. Na semana passada, içou um de seus secretários, Julio Semeghini, à presidência do diretório municipal.
Abriu-se, então, uma negociação para tentar reter na legenda os vereadores simpáticos a Kassab. Deu em nada.
Na eleição de 2008, a rebelião anti-Alckmin foi insuflada nos subterrâneos por José Serra, à época o principal patrono da reeleição de Kassab.
Vem daí que a revoada desta segunda levou à praça uma especulação: Serra também irá para o PSD de Kassab? A cúpula do PSDB federal assegura que não.
- Atualização feita às 20h56 desta segunda (18): Graças a uma intervenção de Geraldo Alckmin, dois vereadores deixaram de formalizar a saída do PSDB. Assim, as baixas ficaram, por ora, em cinco.
Escrito por Josias de Souza às 19h21